No dia 21 de outubro, vários especialistas portugueses, representantes de entidades que compõem o Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR) – AGIF, ANEPC, GNR, ICNF e ForestWISE, partem para a Austrália para intercâmbio formativo em planeamento operacional, sistema de comando e controlo e fogo controlado, reforçando a execução do Plano Nacional de Qualificação do Sistema.
Durante três semanas os seis especialistas portugueses irão contactar com a realidade australiana, participar em ações de treino no planeamento e execução de ações de supressão e contenção de fogo, utilizar diferentes ferramentas de apoio à decisão, gestão de recursos, entre outros temas, tendo por base cenários de fogo prescrito em larga escala, integrados num sistema de gestão de operações com diferenças do português, o Incident Command System (ICS), cujos standards são adotados internacionalmente por vários países.
Como preparação prévia, os participantes frequentaram um conjunto de cursos para adaptação a este sistema tendo concluído módulos de formação até ao nível de Incidentes Intermédios para Incidentes em Expansão e de organização de Equipa de Gestão de Incidentes. Esta formação foi desenvolvida em conjunto com os Serviços Florestais Americanos (United States Forest Service), ao abrigo do memorando de entendimento assinado com a AGIF.
Pretende-se que esta experiência contribua para, no âmbito do Plano Nacional de Qualificação SGIFR, formatar os módulos de planeamento estratégico, comportamento do fogo, suscetibilidade ao fogo, gestão de equipas em incêndios rurais, gestão do fogo rural, proteção contra incêndios rurais, meteorologia e fogo, entre outros.
Este programa teve início em 2022 quando uma equipa de peritos australianos esteve em Portugal para um programa de treino e intercâmbio de experiências (Vocational Training Team) entre os dois países, sobre gestão de fogo em povoamentos de pinheiro e eucalipto.
Durante cerca de três semanas, especialistas com uma vasta experiência visitaram várias áreas de produção florestal públicas e privadas e puderam ainda conversar com os gestores dessas mesmas áreas sobre estratégias de produção, mitigação de risco de incêndio, comportamento de fogo e colaboração entre entidades, centrando-se nas diferenças e semelhanças entre os dois países. O relatório então produzido foi um relevante contributo para as lições identificadas.
Esta iniciativa, é financiada em 61.450 mil euros pela Rotary International Foundation, em resultado de uma candidatura apresentada pelo Rotários Club da Austrália e de Portugal.